Era quase uma da manhã quando Lola chegou em seu apartamento. Acendeu as luzes, pegou um copo de suco e ligou a secretária eletrônica para ouvir os recados. Tinha recado da sua mãe, da sua melhor amiga, de um vendedor de seguros, do gerente do seu banco e uma voz misteriosa, que nada dizia, mas apenas gemia e suspirava de prazer.
Surpreendida com aquela voz masculina, Lola repetiu a mensagem. Ouviu os mesmos gemidos e ficou ainda mais surpresa. "Que estranho! Um homem gemendo na minha secretária eletrônica. Era só o que me faltava", ela pensou.
Neste instante, o telefone começou a tocar. Lola deixou o copo de suco em cima da mesinha e atendeu a chamada.
- Alô?
Ela não ouviu nenhuma resposta, apenas um silêncio perturbador. De repente, ela começou a ouvir os mesmos gemidos.
- Quem é?
Mais uma vez, não obteve resposta. Os gemidos continuavam cada vez mais intensos. Até que ela percebeu que o homem do outro lado da linha, estava gozando. Ela ficou atônita. Antes de desligar, a voz masculina disse:
- Putinha...
Lola ficou paralisada ainda por alguns segundos. Depois foi tomar um banho. Debaixo do chuveiro, ela parecia que estava ouvindo os mesmos gemidos. Fechou os olhos e deixou a água quente cair por sobre seu corpo. Neste instante, começou a sentir uma onda de prazer intensa e quando percebeu, estava com os dedos no meio das suas pernas, se masturbando furiosamente.
Quando acabou, se sentiu ainda mais perplexa. Deveria estar indignada com um homem gemendo no seu telefone, mas o certo foi que Lola ficou excitadíssima.
Teve um sono profundo e só acordou no dia seguinte, quase ao meio dia, com o telefone tocando. Quando atendeu, sentiu que sua voz estava sonolenta, mas ela logo ficou atenta ao perceber o silêncio do outro lado da linha.
- Quem é você? Por que está fazendo isto comigo?
Desta vez, a voz falou uma frase inteira:
- Goza comigo, putinha. Goza comigo!
Lola pensou em se enfurecer:
- Você pensa que sou uma destas que...
O homem a interrompeu:
- Sua putinha!
Lola soprou o ar dos pulmões com violência.
- Escuta aqui, meu senhor, se o senhor está pensando...
Mais uma vez, ela foi interrompida:
- Cala boca, sua putinha. Mete os dedos na buceta e goza comigo.
Lola suspirou. O homem continuava insistente. Lola acabou achando graça naquela insistência:
- Por acaso o senhor é um doente?
- Eu quero que você goze comigo. Só isso.
Lola deu uma sonora gargalhada:
- Tudo bem, seu tarado, eu estou na minha cama, só de calcinha. E agora?
A voz se tornou ainda mais quente e atrevida:
- Tire a calcinha. Fique nua, sua puta.
Lola se sentia como uma menina travessa que está prestes a cometer um ato proibido. Levantou-se da cama e tirou a calcinha. Depois retornou ao telefone:
- Estou nua e agora?
- Abra as pernas e imagine que minha boca está chupando a sua buceta.
Lola deu uma risada. Depois ficou pensando que realmente fazia muito tempo que não sentia um homem lhe chupando. Gostou da idéia de brincar com aquele estranho. Por isso, tornou-se mais ousada e repentinamente decidiu obedecer ao comando daquele desconhecido:
- Estou com as pernas bem abertas e imagino sua boca no meio das minhas coxas.
O homem suspirou:
- Toque uma siririca, meu amor. Imagine que meu pau está sendo esfregado no seu clitóris...
Lola suspirou:
- Humm! Estou imaginando. Estou toda molhada, sabia?
- Ótimo, meu amor! Enfie dois dedos na xana e pense que é meu cacete entrando dentro de você.
Lola se surpreendeu ao perceber que estava obedecendo ao estranho. Ficou ainda mais atônita quando pediu de uma maneira indecente:
- Me xinga! Me trata feito uma puta.
O homem ficou em silêncio. Lola ficou na expectativa. Sentia seu corpo ficar cada vez mais quente. A xoxota estava úmida de desejos. Os seus seios estavam duros de tesão. A excitação aumentou ainda mais quando a voz máscula começou a xingá-la:
- Estou te fodendo, sua puta! Estou comendo sua buceta, sua vagabunda!
Lola sentiu uma espécie de vertigem. Por ser uma garota bonita – morena de olhos verdes – os homens a tratavam com delicadeza. As suas fantasias mais indecentes era ser xingada, humilhada e até mesmo imobilizada e abusada sexualmente. Por isso ficou muito tesuda quando o homem lhe disse:
- Eu vou te amarrar de pernas abertas e depois vou te dar uma curra de mais de três horas. Vou usar e abusar do seu corpo, sua vadia.
Lola já se contorcia de prazer. Por duas vezes, deixou o telefone cair ao lado da sua cama. Com ansiedade, colocou-o no ouvido com a esperança de que o homem não tivesse desligado.
Quando ouvia que ele continuava na linha, o tesão de Lola se multiplicava. Ficou completamente enlouquecida quando o homem começou a gemer.
- Você vai gozar? – ela perguntou.
A voz do homem saiu sussurrada:
- Eu vou esporrar, sua puta!
Lola deu um grito involuntário e quando viu estava com os dedos enfiados na vagina, se masturbando freneticamente.
Quando os gemidos aumentaram do outro lado da linha, a garota também aumentou os seus movimentos.
Já não diziam uma única palavra. Aquela conversa se tornou apenas uma troca de gemidos.
Lola delirava com a maneira que aquele homem se entregava. Como desejou que ele estivesse ali, naquele momento. Ela se entregaria de uma maneira selvagem. Não se faria de rogada: treparia como uma putinha ordinária.
Cada pensamento mais sensual, enchia seu corpo de uma sensação perversa. Deu verdadeiros gritos ao sentir que o homem estava gozando. Não conseguiu segurar o próprio gozo e acabou se lambuzando com os líquidos que saíam da sua buceta.
Quando terminou, estava exausta, como se tivesse dado uma trepada.
- Alô? Alô? Você ainda está aí?
Houve uma longa pausa até que finalmente o homem respondeu:
- Sim, estou.
- Quem é você? – Lola perguntou de uma maneira insistente.
- Apenas um amigo. – o homem respondeu.
Depois ele ficou em silêncio. Lola ficou aflita:
- Por favor, não desliga.
Tarde demais.
O homem havia desligado sem nada dizer.
Lola esperou que o telefone tocasse novamente. Esperou dias e noites, mas aquele homem desconhecido nunca mais ligou...
Paulo Mohylovski
Nenhum comentário:
Postar um comentário