A AMANTE DO LOBISOMEM
Era quase meia noite quando Rosana chegou no ponto da lotação. Tentou correr para ver se ainda alcançava a última condução, mas parecia que chegara tarde demais. O ponto estava deserto e não havia sinal de que as coisas seriam diferentes. Ela suspirou e pensou em pegar um táxi. Tinha ficado até tarde no trabalho e esquecera completamente do horário. Depois pensou que poderia ir caminhando até sua casa, já que não era tão longe e a noite estava clara, iluminada por uma lua cheia.
Rosana sempre pegava a lotação, com medo de que pudesse acontecer alguma coisa no caminho, caso ela fosse a pé. Mas naquela noite, ela se sentiu tranqüila, pois era uma sexta-feira e havia bastante movimento nas ruas. O seu único problema era atravessar uma rua mal iluminada e quase deserta, que ficava próxima a sua casa. O seu medo era ser vítima de um assalto ou ser arrastada para dentro de um enorme terreno baldio que tomava quase um quarteirão da rua deserta. Ela poderia muito bem estender seu caminho e ir por uma rua mais movimentada, mas Rosana estava cansada e queria chegar logo em casa.
Quando se aproximou da tal rua, ela respirou fundo, tomou coragem e apressou o passo. Não havia ninguém, nenhum carro estacionado e Rosana tomou aquilo por um bom sinal. Apertou a bolsa contra o peito como se fosse uma espécie de escudo protetor. Olhou para o terreno e viu a lua cheia entre as árvores. Por um momento, ficou tranqüila, mas quando viu um vulto se esgueirando pelo muro e saindo detrás de um poste, seu coração disparou. Pensou em correr, mas ouviu uma voz fanhosa, como se estivesse vindo de um boneco mecânico: "Não tente correr, gatinha, vai ser pior para você!".
Rosana ficou paralisada. Um homem saiu das sombras e se aproximou. Estava vestindo uma roupa cinza, tinha um aspecto mal cheiroso, a barba por fazer e os cabelos desgrenhados. O seu olhar era parado e um dos olhos era maior do que o outro, dando a impressão de ser um louco. Rosana tentou manter a frieza, mas quando viu um revólver na mão do estranho, quase teve uma síncope. Sentiu o seu corpo perder o vigor, como se a sua energia tivesse sigo sugada e não ofereceu nenhuma resistência quando o homem a segurou pelo braço. "Não grite!", ele disse, mas Rosana não conseguia mesmo emitir nenhum som tal era o pavor que sentia.
Ainda agarrando o seu braço, o homem conduziu Rosana para dentro do terreno baldio. Levou-a até um conjunto de árvores e a jogou no chão. Rosana desabou e sentiu lágrimas correndo pelos seus olhos. "Por favor, não faça nada comigo", ela murmurou com dificuldade. "Cala a boca, sua piranha. Eu sei o que vocês todas querem", o homem disse com o olhar cada vez mais enlouquecido. Ele se aproximou de Rosana, se abaixou e começou a acariciar as suas pernas. "Lindas coxas, gatinha", ele disse, colocando a mão entre as pernas de Rosana. Afagou o sexo da garota por cima da calcinha e sorriu de satisfação como se tivesse encontrado um tesouro. Com uma voz apavorante, mandou que Rosana se despisse. "Eu não posso", a garota murmurou. Foi esbofeteada no rosto. "Eu não estou pedindo, estou mandando", o meliante falou com o olhar cada vez mais ávido de desejo.
Relutantemente, Rosana se despiu completamente. O homem quase babou ao ver o corpo lindo da garota. "Você é uma vagabunda muito gostosa!", ele disse e tentou beijá-la. Ela virou o rosto; o homem tinha o hálito insuportável de bebida. "Não, por favor, não faça isso", ela apelou novamente, mas ele ficou furioso e a esbofeteou mais uma vez. Rosana ficou estendida no chão, como se fosse uma boneca sem vida.
O marginal tirou o pau pra fora e o meteu na buceta de Rosana. Ela ainda esperneou, mas foi imobilizada pelo safado e se deixou foder sem a menor resistência. Ela estava tão horrorizada que seu pensamento se perdeu em lembranças da sua infância, como se fosse uma maneira de esquecer daquele momento horroroso.
O homem continuava se refestelando, como um sátiro nojento. Mas a perversidade do ser humano não tem limites: não satisfeito em comer a buceta, o bandido quis comer o cu de Rosana. Ao perceber a intenção do pilantra, Rosana começou a gritar. Mais uma vez, foi espancada sem piedade e foi obrigada a se virar de bruços. "Eu sei que você está gostando!", o canalha falou, já escarafunchando o cu de Rosana com a sua pica nojenta.
Ao entrar a primeira polegada, Rosana se debateu, mas depois, sem outra alternativa, aceitou que o malandro enfiasse o pau inteiro no seu cu. Ela sufocou um grito e teve que ficar em silêncio enquanto que o bandido currava seu rabo.
Um silêncio tão profundo que dava para ouvir o barulho de folhas secas sendo pisadas...
Um barulho que o bandido não se deu conta...
Somente quando ouviu uma fungada esquisita foi que ele se assustou e olhou para trás...
Perto dele, havia uma espécie de cachorro negro e todo peludo. O mais estranho era que o cachorro estava de pé, como se fosse um ser humano. O bandido ficou tão apavorado e trêmulo que mal conseguia segurar o seu revólver.
O cão se aproximou lentamente e seu aspecto medonho ficou mais evidente por causa da iluminação da lua: tinha as dentuças enormes e o olhar era avermelhado como se estivesse injetado de sangue. O mais curioso é que não parecia um cachorro, mas um lobo feroz.
O bandido apontou a arma e atirou. A fera continuou se aproximando, já que os tiros não fizeram o menor efeito.
O homem tentou correr, mas tropeçou nas próprias pernas e caiu no chão. O monstro peludo se aproximou e o agarrou pelo pescoço. O olhar do bandido ficou completamente transtornado. Recebeu uma patada violenta na cara que abriu um talho enorme no seu rosto, por onde começou a esvair sangue. Em seguida, recebeu outra patada que quebrou seu pescoço e antes, onde havia ainda resistência, não havia mais movimento algum: o bandido foi jogado contra uma árvore e não mais reagiu, pois estava morto.
Rosana estava com os olhos esbugalhados de medo. Viu a fera olhando para ela e lentamente se aproximando. A garota pensou em correr, mas as suas pernas não obedeceram ao comando do cérebro. Ela continuava deitada vendo a aproximação daquela estranha criatura. "Por favor, não me faça nenhum mal", ela pediu, com uma voz surpreendentemente doce.
O animal – ou o que quer que fosse aquele ser – se aproximou bem perto de Rosana. A expressão da criatura não era feroz, mas apenas curiosa. Começou a cheirar todo o corpo da garota e quando colocou o focinho entre as suas pernas, sentiu o perfume do seu sexo.
Rosana sentiu o hálito quente da criatura e ficou atônita quando viu uma língua comprida e rosada saindo da boca do monstro e entrando bem no meio da sua xota.
Em vez de se afastar, Rosana abriu as pernas de uma maneira inconsciente e deitou a cabeça no chão. Olhou para cima e viu a lua cheia entre as árvores. Fechou os olhos e sentiu uma estranha sensação invadindo o seu corpo. Era algo que parecia uma profunda paz espiritual misturado com um prazer desconhecido.
A criatura continuava avidamente procurando a fenda peluda de Rosana. Parecia um animal dócil e carinhoso. Rosana ergueu a cabeça e viu o lobo se levantando nas duas patas. Ficou surpresa quando olhou para o meio das pernas do animal e viu um pau monstruoso e de cabeça avermelhada.
"Nossa! O que é isto? Nunca vi uma pica deste tamanho!", ela pensou, sentindo um misto de medo e fascínio.
Como se estivesse possuída pelos efeitos de uma droga poderosa, Rosana se arrastou até o lobisomem e, ajoelhada, segurou aquela estrovenga na mão e seguindo um impulso, a colocou dentro da sua boca, dando-lhe uma chupada cheia de tara.
O monstro uivou de prazer...
Era uma cena em tanto: uma linda mulher nua chupando o pau de um lobisomem.
Nem mesmo Rosana estava se reconhecendo. Minutos antes estava apavorada com o bandido e agora estava se deliciando com o mastro duro de uma criatura desconhecida.
Talvez estivesse mesmo transtornada e fora de si, pois não pensou duas vezes quando se colocou de quatro e se ofereceu como se fosse uma cadela.
O lobisomem olhou para a mulher à sua frente e fez uma expressão de curiosidade, mas depois, seguindo um instinto puramente animalesco, enfiou toda aquela pica na buceta de Rosana.
A garota sentiu as suas entranhas pegando fogo. O animal se movimentava num ritmo frenético. Rosana sentiu um pouco de dor, mas o prazer era tanto que parecia algo sobrenatural. Sentiu o próprio fogo do inferno consumindo o seu corpo. Estava se abandonando avidamente quando sentiu o fremir da pica da criatura e percebeu que teria que se desvencilhar, antes que sentisse dentro de si, o esperma do monstro.
Ao se afastar, ainda teve tempo de ver o gozo do animal, que foi um longo esguicho que parecia não ter fim.
Rosana olhou com fascínio o lobisomem gozando e depois viu a criatura fugindo entre as árvores.
Ela pegou a sua bolsa, se ajeitou e depois fugiu daquele lugar.
No dia seguinte, ao passar pelo terreno, viu um ajuntamento de pessoas. Havia o cordão de isolamento feito pela polícia. Ela se aproximou e perguntou para um dos curiosos o que estava acontecendo. "Encontraram um homem morto, parece que foi atacado por um cachorro". Rosana viu o cadáver do bandido sendo colocado num saco plástico e levado até o carro do IML.
Ela se afastou daquele local o mais rápido possível. Era sábado e ela precisava trabalhar. O dia inteiro passou como se fosse um sonho. Quando saiu do shopping, onde trabalhava, foi até o ponto de lotação, mas no último momento, desistiu da perua e resolveu voltar a pé para a casa.
Ainda era noite de lua cheia e Rosana passou pela rua deserta, próxima ao terreno. A fita de isolamento ainda estava lá e Rosana parou e sentiu vontade de entrar. Não sentia medo e estava fascinada com a possibilidade de encontrar novamente a criatura.
Quando estava quase colocando o pé dentro do terreno, um carro da polícia passou lentamente e ela apressou o passo em direção a sua casa.
Durante a noite, não conseguia pegar no sono. Ficava o tempo inteiro olhando para a lua cheia. Do seu apartamento, ela podia ver as árvores do terreno e por um momento quase fez a loucura de ir até lá naquele momento. Mas desistiu e depois de assistir um filme na TV, foi dormir.
Demorou em pegar no sono. Teve um sonho estranho. Estava vestindo um penhoar transparente. Estava nua e andava pelas ruas molhadas da chuva. Era de madrugada e ela entrava no terreno.
Lá dentro, o lobisomem já estava esperando por ela. A pica já estava endurecida e pronta para ser usada. Rosana tirava o penhoar e ficava nua. Colocava as pernas nas costas do monstro e se abria para receber o mastro dentro de si.
Só que desta vez, ela se deixava ir até o fim. Depois de vários movimentos frenéticos, sentia o esguicho da pica monstruosa bem dentro da sua buceta. Era um jato que não terminava mais.
O gozo foi tão intenso que Rosana, no sonho, desmaiava de prazer. Ao se desvencilhar da criatura, a garota caía na relva e ficava desmaiada, sentindo ainda ondas de tesão percorrendo seu corpo.
Ao acordar do sonho, Rosana olhou em volta assustada.
Ela não estava em seu apartamento, nem em sua cama.
Rosana estava nua e deitada no chão fofo do terreno baldio...
Paulo Mohylovski
Nenhum comentário:
Postar um comentário